quinta-feira, 4 de julho de 2013

Portugal: "O presente terá futuro?"

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«O ministro adjunto e do desenvolvimento regional, Miguel Poiares Maduro, que falou esta semana no encerramento do ciclo de jantares subordinados ao tema "Portugal - o presente tem futuro?" promovidos pelo Clube de Imprensa, Centro Nacional de Cultura e Grémio Literário, considerou que "um dos grandes problemas do nosso país é o facto de tudo ser contestado". Contra factos, existem sempre argumentos, disse, salientando que os portugueses têm muita dificuldade em se colocarem de acordo quanto aos processos de apuramento dos questões que devem servir de base às decisões públicas.

 Pensa, também, ser hoje claro para todos, que não interiorizámos as consequências das escolhas que fizemos, nomeadamente, a adesão ao euro e estar na primeira linha da construção europeia".

 Para o ministro, os portugueses concordaram "em mudar de regime e em partilhar a moeda com os parceiros mais competitivos da Europa, mas não aceitaram as mudanças internas nas regras de jogo a que isso obrigava".

 Poiares defendeu, ainda, que na origem da crise económica que o pais atravessa "está também um problema de cultura política e cívica", que explica a razão pela qual, numa das crises económicas, sociais e políticas mais graves, Portugal não tenha promovido as reformas necessárias. Como soluções para o futuro, o governante destacou a necessidade do país "discutir mais as políticas públicas e menos a sua táctica ". Todos, incluindo o Governo, devem contribuir para um debate público mais informado e com maior substância.

 A "continuação da consolidação orçamental" é uma condição necessária mas já não suficiente para o futuro nacional. Mas sem ela, continua a não ser “possível criar condições para impulsionar o investimento privado".
 Atingir o equilíbrio interno - depois de ter alcançado o externo - é, segundo Maduro, outro dos desafios para Portugal. Todavia, ele depende da reforma do Estado, "essencial para tornar permanentes os ganhos obtidos no processo de consolidação orçamental e garantir a sua sustentabilidade futura".

 Outro desafio passará também por garantir a "preservação da conquista do Estado social". Mas, agora, sob o signo da "equidade entre o sector público e privado e da equidade entre gerações". 

 “Um país mais justo, próspero e livre" é, segundo o ministro adjunto, a ambição do actual governo para Portugal. Aqui fica, para quem não esteve no Grémio Literário, um resumo daquilo que foram os principais pontos levantados pelo ministro, para o futuro de todos nós. Eu até arranjava mais uns! O "como" e o "quando" é que, para mim, não ficaram claros. Como, claro é, também, que de boas intenções está o inferno cheio...» via: HSC |http://hsacaduracabral.blogspot.pt/|