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Janeiro - um mês em honra de um deus
"Agora que começou mais um ano, não poderia evitar de fazer um pequeno texto sobre as festividades e celebrações associadas à mudança de ano. Hoje estas comemorações estão, tendencialmente, desligadas de qualquer religiosidade ou sentimento espiritual, sendo para a maioria uma comemoração laica relacionada com a organização o calendário civil. É um marco, um modo de nos organizarmos social e pessoalmente, servindo também para celebrar o facto de estarmos bem e de saúde ou para concretizar o depositar esperanças para um bom ano - ou um ano melhor!
No entanto, a génese da festa é de cariz místico/religioso. Estas celebrações tinham uma função religiosa, mas numa vertente muito pragmática. No fundo, celebrações e cultos desta natureza - como na maioria dos casos - , apesar de baseadas em histórias inverossímeis ou mitologias, cumpriam o seu papel de organização social e davam resposta às necessidades pessoais dos indivíduos que as praticavam. Felizmente hoje temos opção, podemos retirar o que é acessório e simplesmente usufruir dos benefícios mais agradáveis destas tradições antiquíssimas: as festas. Podemos fazê-lo sem com isso sermos obrigados a acreditar em acontecimentos mitológicos ou seguir ritos e rituais desprovidos de sentido, no fundo uma aculturação estritamente relacionada com a liberdade individual.
É pela convicção da extrema utilidade social das celebrações da “passagem de ano”, tanto para ateus como para religiosos, considerando ou não a sua génese religiosa, que dedico algumas palavras a este tema, apresentando aqui o motivo para o nome do primeiro mês do ano e a origem de algumas das primeiras celebrações conhecidas desta data.
Uma possível origem destas celebrações ocidentais está relacionada com o deus romano Jano - deus das passagens, das portas, dos cruzamentos, aberturas, das transições, dos inícios e dos viajantes que atravessavam fronteiras. Jano era representado numa forma humana mas com duas caras numa mesma cabeça, dispostas em sentidos opostos. Em algumas representações uma face era jovem - associação ao futuro - e a outra idosa - associação ao passado. Esta disposição de faces simbolizava a mudança do antigo para o novo e a estrita relação entre o que passou e o que virá. Outras representações de Jano não distinguem as duas faces, ambas podiam ser perfeitamente iguais e simétricas (provavelmente por questões estéticas). Jano podia ser também representado por objectos, mais concretamente duas chaves - um símbolo hoje patente no brasão do Vaticano, modificado e associado a S. Pedro e às portas do Paraíso.
No entanto, a génese da festa é de cariz místico/religioso. Estas celebrações tinham uma função religiosa, mas numa vertente muito pragmática. No fundo, celebrações e cultos desta natureza - como na maioria dos casos - , apesar de baseadas em histórias inverossímeis ou mitologias, cumpriam o seu papel de organização social e davam resposta às necessidades pessoais dos indivíduos que as praticavam. Felizmente hoje temos opção, podemos retirar o que é acessório e simplesmente usufruir dos benefícios mais agradáveis destas tradições antiquíssimas: as festas. Podemos fazê-lo sem com isso sermos obrigados a acreditar em acontecimentos mitológicos ou seguir ritos e rituais desprovidos de sentido, no fundo uma aculturação estritamente relacionada com a liberdade individual.
É pela convicção da extrema utilidade social das celebrações da “passagem de ano”, tanto para ateus como para religiosos, considerando ou não a sua génese religiosa, que dedico algumas palavras a este tema, apresentando aqui o motivo para o nome do primeiro mês do ano e a origem de algumas das primeiras celebrações conhecidas desta data.
Uma possível origem destas celebrações ocidentais está relacionada com o deus romano Jano - deus das passagens, das portas, dos cruzamentos, aberturas, das transições, dos inícios e dos viajantes que atravessavam fronteiras. Jano era representado numa forma humana mas com duas caras numa mesma cabeça, dispostas em sentidos opostos. Em algumas representações uma face era jovem - associação ao futuro - e a outra idosa - associação ao passado. Esta disposição de faces simbolizava a mudança do antigo para o novo e a estrita relação entre o que passou e o que virá. Outras representações de Jano não distinguem as duas faces, ambas podiam ser perfeitamente iguais e simétricas (provavelmente por questões estéticas). Jano podia ser também representado por objectos, mais concretamente duas chaves - um símbolo hoje patente no brasão do Vaticano, modificado e associado a S. Pedro e às portas do Paraíso.
Os antigos romanos contavam com a bênção de Jano no inicio de cada dia, mês e ano, sendo que a maior das festividades era no primeiro dia do novo ano, dia esse que foi sendo alterado conforme se iam mudando também os calendários.
O dia 1 de Janeiro, enquanto consagração a Jano e mesmo quando esse não era o primeiro mês do calendário vigente, era dia de pedir um novo começo, de desejar algo de melhor e fazer planos para o futuro. Tudo isto em clima de festejos. Assim se explica a origem onomástica do mês Janeiro, o seu significado, motivo de festejos e relação com o deus Jano dos romanos."
Fonte: “Mitologia, mitos e lendas de todo o mundo” – Editora Lisma
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