O nosso caminho não é de relva suave, é um trilho de montanha pejado de muitas pedras. Mas segue em frente, para cima, rumo ao Sol. E encontrarás a serenidade. Ruth Westheimer
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Ao ler notícias relativas ao mediático truque de “marketing” que uma grande cadeia de supermercados, em Portugal, levou a cabo no feriado do Primeiro de Maio, truque esse de que resultaram episódios caricatos, esquecendo eu agora os mais grosseiros ou apenas burlescos, permito-me, simplesmente, perguntar: até quando continuarão as "multidões" a manifestar tão atávico desejo de, para todos os efeitos, serem enganadas? Porque gostam tanto as "multidões" de serem espezinhadas por quem sobre elas, manifestamente, exerce poder e as faz “sofrer”, tanto mais que dar resposta a desejos falsamente provocados, em meu entendimento, faz parte do sofrimento que não raro aflige o coração humano? Dito isto, duas outras perguntas se devem fazer: 1. como se explicam tais "descontos" a não ser pelo "roubo", ou o que a ele conduz, “justificadamente” ou não durante o resto do tempo? 2. como se permite este tipo de marketing o qual, para todos os efeitos, não julgo seja outra coisa senão "dumping" revestido da mais completa falta de vergonha? E, já agora, não será também de perguntar: 3. Quem pagou realmente os tais “descontos” nos tais Supermercados? E avento as minhas hipóteses: Os agricultores, certamente; os pescadores, muito possivelmente; os pequenos e médios industriais, irremediavelmente. Ou não? Claro, a quem "aproveitou", e fez bem se livremente o decidiu fazer, peço não me levem a mal por este meu comentário. O meu desejo, afinal, é apenas um: contribuir para que deixem de fazer de nós, sejam "eles" lá quem forem, apenas amostras pavlovianas do modo como as "coisas" funcionam. Tanto mais que eu sou de opinião que brincar com a fome dos outros é apenas isso: uma grotesca manifestação de insensibilidade e desrespeito. A não ser que tudo se resuma nisto: revelação, uma vez mais, de como já vai avançada a "gangsterização" da nossa economia. E concluo: caso alguma lei tenha sido violada, sugiro que a “cadeia” de distribuição em causa seja severamente penalizada. Para todos os efeitos, sinto que em Portugal os truques começam a ser mais baixos do que antes me era dado imaginar. Ou será que estou enganado? J.J. Vila-Chã
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