O nosso caminho não é de relva suave, é um trilho de montanha pejado de muitas pedras. Mas segue em frente, para cima, rumo ao Sol. E encontrarás a serenidade. Ruth Westheimer
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
sábado, 25 de setembro de 2010
A Revolução da Imprensa
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Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg (Mogúncia, 1398 – 3 de Fevereiro de 1468) foi um inventor e gráfico alemão que introduziu a forma moderna de impressão de livros, que possibilitou a divulgação e cópia muito mais rápida de livros e jornais.
Seis inventores estiveram às voltas com experimentações tipográficas, porém, coube ao alemão Johannes Gutenberg a paternidade final.
Sua invenção do tipo mecânico móvel para impressão começou a Revolução da Imprensa e é amplamente considerado o evento mais importante do período moderno. Teve um papel fundamental no desenvolvimento da Renascença, Reforma e na Revolução Científica e lançou as bases materiais para a moderna economia baseada no conhecimento e a disseminação da aprendizagem em massa.
O invento de Gutenberg barateou o livro, tornando a cultura acessível a um maior número de pessoas. Os livros manuscritos eram caríssimos, principalmente porque exigiam sempre o mesmo trabalho.
Gutenberg foi o primeiro europeu a usar a impressão por tipos móveis, por volta de 1439, e o inventor global da prensa móvel. Entre suas muitas contribuições para a impressão estão: a invenção de um processo de produção em massa de tipo móvel, a utilização de tinta a base de óleo e ainda a utilização de uma prensa de madeira similar à prensa de parafuso agrícola do período. Sua invenção verdadeiramente memorável foi a combinação desses elementos em um sistema prático que permitiu a produção em massa de livros impressos e que era economicamente rentável para gráficas e leitores. O método de Gutenberg para fazer tipos é tradicionalmente considerado ter incluído uma liga de tipo de metal e um molde manual para a confecção do tipo.
O uso de tipos móveis foi um marcante aperfeiçoamento nos manuscritos, que era o método então existente de produção de livros na Europa, e na impressão em blocos de madeira, revolucionando o modo de fazer livros na Europa. A tecnologia de impressão de Gutenberg espalhou-se rapidamente por toda a Europa e mais tarde pelo mundo.
Sua obra maior, a Bíblia de Gutenberg (também conhecida como a Bíblia de 42 linhas), foi aclamada pela sua alta estética e qualidade técnica.
Fonte:
http://www.historiadahumanidade.com.br/
O Destino da Europa - reflexão

"A expulsão dos ciganos de França encontra fácil justificação no seu mais do que conhecido comportamento.
A expulsão dos judeus de diversos países da Europa e em diferentes épocas encontrou sempre justificação seguida muitas vezes de arrependimento da parte dos que os expulsaram, como aconteceu na Península Ibérica.
Tal como se pode verificar nas palavras de J. Freudenthal, a razão para a aversão aos judeus, pelo menos na Alemanha, era o facto de serem uma minoria e ocuparem altos cargos, embora também houvesse pessoas modestas nos ofícios a que sempre se dedicavam com sucesso. Claro que não acontece o mesmo com os ciganos.
A este propósito, lembro-me de Agustina e do seu livro, meu preferido, um livro de viagens. Ela tinha sido convidada em 1959 a participar num congresso no Castelo de Lourmarin, em Aix-en-Provence, que reunia “figuras muito ilustres da literatura europeia”. Viajou com o marido, Alberto Luís, no famoso Volkswagen que ele conduzia, e relatou para nossa delícia os pormenores da viagem e não apenas o Congresso.
O tema geral foi O destino da Europa e por esse motivo associei estes acontecimentos, um recente, outros antigos e o outro muito antigo que pode ter tido início no século IV d.C, quando os judeus foram expulsos de Jerusalém e aportaram na Península em grande número; e quando os ciganos, creio que no século XI, se dispersaram na Europa.
Não queria falar da história dos judeus nem da história dos ciganos, mas do que Agustina diz acerca do destino da Europa e do Encontro de Lourmarin que foi para ela decepcionante quanto ao que intelectuais podiam saber acerca da Europa.
É evidente que estou a pensar que o destino da Europa passa por acontecimentos como aqueles: quem é que tem o direito de ser chamado europeu?
São palavras dela, estas: “…no fim de contas, o europeu é o ser mais mentiroso que existe – isso confirma o seu grau de civilização, pois esta começa sempre com a mentira”.
"A Europa não está dependente dos seus intelectuais mais do que das hordas de pequenos oficiais do nada, os que existem com uma côdea e um casaco que veio de mão em mão, através dos burgueses e dos operários, para cobrir a nudez desse último dos cidadãos, dos europeus, se quiserem. Esse que remenda tachos velhos, que coloca chapadas de pano preto nos guarda-chuvas coçados, que vende nastros, ganchos, botões, alfinetes em tabuleiros nas ruas e que deita a correr com as suas pernas de tísico porque não possui licença para circular com a sua mercadoria; esse que traz ao pescoço um atestado que o recomenda à caridade pública, a marafona velha, o mendigo ultrajado, o que cose moedas de prata no colchão, o que sofre na carne que nunca foi apetecível, o que sofre na alma que nunca floriu, esses são europeus e deles também se espera alguma coisa. O quê? Não sabemos, os que escrevemos livros, os que produzem tratados em letra apertada e difícil, os que sobrevoam a terra com a sua carga brilhante das ideias”.
“… o futuro da Europa não é coisa apenas de alguns; seria triste e arrepiante que assim fosse, seria contrário à obra divina”.
(Vale a pena ler a Embaixada a Calígula)
Em 2009, o presidente do Parlamento Europeu recebeu um prémio pelo trabalho desenvolvido pelo Parlamento em defesa dos direitos da comunidade cigana na Europa.
“Dos 12 a 15 milhões de Roma (ciganos) que vivem na Europa, 10 milhões vivem em Estados-Membros da União Europeia, a maioria dos quais adquiriu a cidadania europeia com o alargamento de 2004 e a adesão da Roménia e da Bulgária em 2007”.
(Informações obtidas através da Internet)
via
http://zildacardoso.blogs.sapo.pt/