sábado, 19 de março de 2011

...bem mais ignorante do que a anterior

"Em França, o documento A base comum dos conhecimentos e competências (Decreto de 11 de Julho de 2006) propõe-se recensear tudo o que é indispensável dominar no final da escolaridade obrigatória. Está organizado em sete secções: domínio da língua materna, prática de uma língua estrangeira, principais elementos de Matemática e da cultura científica e tecnológica, domínio das técnicas de informação e comunicação, cultura humanista, competências sociais e cívicas e autonomia e iniciativa. Cada uma destas secções está dividida em três partes: conhecimentos, capacidades e atitudes.

Dado o ataque ideológico de que tem sido alvo, é à partida de saudar o aparecimento da palavra “conhecimentos” no título - a par das ubíquas “competências” - e que lhe seja dedicada um capítulo em cada secção. Esse entusiasmo desaparece porém rapidamente quando percebemos que por conhecimentos se entende por exemplo saber:

“que o Universo, a matéria e os organismos vivos estão mergulhados numa multitude de interacções e de sinais, principalmente luminosos, que se propagam e agem à distância.”

“que o planeta Terra apresenta uma estrutura e fenómenos dinâmicos internos e externos.”

“que a matéria se apresenta numa multitude de formas, organizadas do inerte ao vivo.”

“que as características do vivo são:

(1) a sua unidade de organização (célula) e a biodiversidade;

(2) as diferentes modalidades de reprodução dos seres vivos;

(3) a sua unidade (ADN) e a evolução das espécies.

“que os equipamentos informáticos (físicos, programas e serviços) trabalham com informação codificada com o intuito de produzir resultados e podem comunicar entre si.”

“que a energia (perceptível no movimento) pode apresentar-se sobre várias formas; é necessário conhecer a energia eléctrica e a sua importância; é necessário conhecer as reservas em energias fósseis e as energias renováveis.”

Este último ponto revela bem o que se passa, para além do facto notório do documento ter sido redigido por ignorantes que num belo dia se viraram para as Ciências da Educação com o intuito de culpar a Escola pela sua própria preguiça de estudar. O conceito físico de energia (a tal que é “perceptível no movimento”) não é interessante em si, nem tão-pouco parecem os autores saber do que se trata. O que é relevante na formação dos futuros cidadãos é a “importância da energia eléctrica” e a diferença entre “energias” fósseis e renováveis. Por essa razão misturamos todas estas energias num único ponto, o que constitui, saibamos reconhecê-lo, um exercício de grau de dificuldade extremamente elevado. Na mesma ordem de ideias, eis um outro conhecimento que deve ser adquirido antes do término do ensino obrigatório:

“saber que o domínio progressivo da matéria e da energia permitem ao Homem elaborar uma grande diversidade de objectos técnicos, de que convém conhecer as condições de utilização, o funcionamento e as regras de segurança.”

É simultaneamente triste e deplorável que um país com o passado científico da França apresente um texto oficial deste teor. Não restam dúvidas de que a tentativa de destruição progressiva e sistemática da transmissão de conhecimentos ao nível da Escola não é um fenómeno português. Antes o fosse, haveria então alguma esperança de que o processo pudesse ser travado no nosso país. Este é na verdade um fenómeno global. Pela primeira vez desde há muito tempo corremos o genuíno risco de ver aparecer no ocidente uma geração bem mais ignorante do que a anterior".


via
http://dererummundi.blogspot.com/

quinta-feira, 10 de março de 2011

I'm old fashioned - Ella Fitzgerald



illustrations:Maria Eugenia
http://mariaeugeniaillustration.com/



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http://catandopoesias.blogspot.com/


http://www.youtube.com/watch?v=TM5BjxYS3ZQ&feature=player_embedded#at=19

Mudemos o nosso comportamento!

http://www.youtube.com/watch?v=jqxENMKaeCU&feature=related


Estamos a viver em tempos excepcionais. Os cientistas dizem-nos que temos 10 anos para mudar a maneira como vivemos, evitar o esgotamento dos recursos naturais e a evolução catastrófica do clima da Terra.

As apostas são altas para nós e para os nossos filhos. Todos devem participar no esforço, e HOME foi concebida para levar uma mensagem de fora de mobilização para cada ser humano.

Para este efeito, HOME precisa ser livre. Um patrono, o Grupo PPR, tornou isso possível. EuropaCorp, o distribuidor, também se comprometeu a não fazer qualquer lucro, pois Home é um filme sem fins lucrativos.

HOME foi feito para você: compartilhá-lo! E aja para o planeta



We are living in exceptional times. Scientists tell us that we have 10 years to change the way we live, avert the depletion of natural resources and the catastrophic evolution of the Earth's climate.

The stakes are high for us and our children. Everyone should take part in the effort, and HOME has been conceived to take a message of mobilization out to every human being.

For this purpose, HOME needs to be free. A patron, the PPR Group, made this possible. EuropaCorp, the distributor, also pledged not to make any profit because Home is a non-profit film.

HOME has been made for you : share it! And act for the planet.

Yann Arthus-Bertrand

HOME official website
http://www.home-2009.com

PPR is proud to support HOME
http://www.ppr.com

HOME is a carbon offset movie
http://www.actioncarbone.org

More information about the Planet
http://www.goodplanet.info

http://www.youtube.com/watch?v=jqxENMKaeCU&feature=related

sábado, 5 de março de 2011

"A Luta É Alegria"

Entrega do prémio e discurso de vitória dos Homens da Luta no Festival da Canção, seguido do encore da consagração de "A Luta É Alegria"






http://www.youtube.com/watch?v=sdUjHxMKIv0&feature=player_embedded#at=224

Madagascar

Director : Bastien Dubois
Short film
Genres : Animated film
Subgenres : 3D, Portrait
Themes : Travel, Religion
Production language : French
Nationality : 100% French (France)

Synopsis
Discover Madagascar through the glance of a carnetist. Pages turn and drawings liven up to for us to discover the extraordinary variety of the Red Island, in particular Famadihana, the cult of the reversal of the dead.